Imagem I
Um tecido acalmando um corpo que grita. Lindo de ver a pele da infância ganhando contorno. O longo tecido tornou visível o volume e espaço que um corpo de 5 anos exige na sala miúda demais para ele. Um corpo fantástico de dragão se deslocando com a calma de quem observa e se encanta com a surpresa da própria experiência ocupando todo o espaço.
Imagem II
O corpo dragão se transformou num corpo panqueca:Você me ajuda a fazer uma panqueca? Preciso de um bom recheio. O que nós vamos colocar? Pepperoni.
Hummm muito bom. Um pouquinho de queijo, tomate, alguns travesseiros e uma criança.
Enrolados os ingredientes, levei a pesada panqueca para o colo-forno. Não é fácil se demorar a assar no forno, ainda mais se você é uma criança panqueca. Precisamos encontrar um forno mais confortável, um possível para essa panqueca.
Encontramos um novo forno feito de almofadas, a panqueca ainda estava crua.
Teacher você já pode comer!
Deixa eu ver se está no ponto. Peguei um pedacinho com a ponta dos dedos. Hummm ainda está cru. Talvez devêssemos tentar de novo o colo-forno, amanhã. Não teacher, espera mais um pouco. É de mentirinha. Aguardamos.
Experimente agora. Coma tudo. Dois punhados de panqueca imaginária em ambas as mãos. Muito bom. Panqueca, agora nós precisamos ir para o playground. Desenrolamos a brincadeira de dar contorno e dali surgiu a pele de um encontro. Dizem que a pele é o limite entre o que somos e o outro, entre nós e o mundo.