Pensar no que consideramos como lixo e no destino que damos a ele é algo de extrema importância para a qualidade de vida no planeta. Para a natureza não existe o conceito de lixo como algo inutilizável. Tudo o que vem da natureza é aproveitável e faz parte de um ciclo de vida perfeito.
Entretanto, temos descartado os resíduos orgânicos como se fossem lixo e, pior, misturando-os com outros resíduos que não são biodegradáveis. Desta forma, contribuímos ainda mais para a contaminação do solo, da água e até mesmo do ar. Como professores estamos preocupados também com o futuro de nossas crianças e acreditamos que elas podem reverter esse quadro através da educação e da conscientização. Desde o começo do mês de maio começamos, na turma do Full Time, a falar sobre compostagem, tratando do solo, das plantas, da importância das minhocas neste processo e do destino que podemos dar para os restos de comida vegetais.
Aprendemos que, para fazer uma composteira de maneira adequada, precisamos intercalar camadas de matéria seca (palha, gravetos e folhas secas) e camadas de matéria verde (restos de frutas, verduras, legumes e folhas verdes). Isto evita o mal cheiro não atrai animais, como ratos e baratas, além de fazer com que a decomposição ocorra de forma correta e mais rapidamente.
Fizemos dois coletores e nos dividimos em dois times: os “Caçadores de matéria verde” e os “Caçadores de matéria seca”! O primeiro grupo ficou encarregado de coletar as cascas de frutas do snack e foi em busca de restos vegetais pela escola e o segundo foi atrás de folhas secas!
Com tudo em mãos, só faltava fazer a nossa composteira. Precisávamos apenas de uma caixa ou qualquer recipiente escuro e que pudesse ser tampado, e de um lugar para abrigá-lo da chuva. Optamos pelo jardim externo.
Agora, as crianças do Full Time não jogam mais os restos de frutas do snack no lixo, tudo vai para a nossa composteira. Até o pessoal da cozinha já está colaborando! E a ideia é que isto se expanda também para fora de nossos muros!