Fizemos esse post, nesta mesma época, no ano passado…. É sempre bom relembrar aspectos importantes do desenvolvimento das crianças…
Quem não se lembra do cobertor do Linus, amigo do Charlie Brown? E quantas vezes vemos crianças que carregando seus cobertores, panos ou bichinhos de pelúcia e nos lembramos dele?

Winnicot, um teórico da infância, chama esses objetos de transicionais. Eles tem esse nome porque ao mesmo tempo que são importantes e reconfortantes pelo que são, normalmente macios e aconchegantes, também são importantes pelo que representam, a segurança dos primeiros cuidados da mãe.
Diferente da presença da mãe, esses objetos podem ser controlados pelas crianças e podem estar com elas o tempo todo, dando conforto e segurança para os pequenos. Por isso eles são um grande aliado na hora da adaptação. A criança que chega à um ambiente novo, pode se sentir confusa ou desamparada, mas se aquele companheiro estiver ali, a presença da casa e da mãe estão garantidas, e a lembrança daquele cuidado dá a criança a garantia que ele existe e que depois do período na escola a criança estará de volta ao lar.
Por isso, nos primeiros meses de aula, a escola vive cheia de cobertores, mantas, chupetas e outros. Aos poucos, as crianças vão ganhando confiança e não precisam mais desse apoio. Então, os objetos transicionais passam a ficar na mochila, longe das tintas e das brincadeiras de correr e de pular.
Depois de algum tempo, os pais ou a professora, percebem que esse amigão pode ficar em casa, esperando o mocinho ou a mocinha chegar da escola.