Controle de Estados Emocionais – Como não estressar (demais) no seu dia-dia?

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Falar de estresse virou rotina e faz parte de conversas da maioria das pessoas diariamente. É fato que passar por situações de desafio ou que nos tirem da zona de conforto é natural e até desejável, pois são estes momentos que nos forçam a “pensar no novo” e aprendermos “à força” a lidar com novas experiências. O problema surge quando estes eventos que nos deixam estressados se repetem com frequência e não sabemos como utilizá-los a nosso favor. Quer aprender a tirar melhor proveito destas situações? Então continue a leitura!

Biologicamente falando, o estresse surgiu como uma característica evolutiva benéfica para momentos de alerta, atenção e sobrevivência. Se pensarmos nos tempos do “homem das cavernas”, sentir-se ameaçado por, digamos, um tigre dente-de-sabre era importantíssimo para tomar uma decisão: fugir ou atacar o animal. O estresse é caracterizado por uma descarga de adrenalina em nosso corpo, e quando isto acontece de forma muito frequente ao longo dos anos, o corpo sentirá seus efeitos podendo levar o indivíduo a um “esgotamento mental” ou síndrome de burn-out, entre outros possíveis efeitos físicos.

Interessante é notar que os “tigres dente-de-sabre” do mundo moderno são outros: medo de perder o emprego, discussões entre familiares ou colegas de trabalho, trânsito, indisciplina dos filhos, vergonha de falar em público, aquela ceia de Natal… Em comum, isto e todo o resto que nos causam estresse são eventos que geralmente fogem do planejado. E então as reações a estes eventos se resumem a duas categorias: explosões emocionais (gritar, chorar, agredir, etc) ou retrações (paralisia, aquietar-se, intimidar-se, ser permissivo com o outro etc).

“Você não consegue sempre controlar o que acontece do lado de fora, mas sempre pode controlar o que acontece do seu lado de dentro.” – Wayne Dyer

Uma das chaves para desenvolver melhor controle emocional é ter em mente “clareza” sobre o que se deseja. Por exemplo, se você costuma estourar com sua equipe ou com sua esposa/marido, pergunte-se: “o que realmente quero dizer ou comunicar quando tenho este comportamento?”. Se você anda estressado por medo de perder um emprego e pela pressão por resultados, analise o que estes resultados realmente significam para você. Escrever com clareza esta resposta no papel pode ajudar ainda mais no seu entendimento desta questão.

Após conseguir esta clareza, faça uma lista de comportamentos alternativos para a próxima vez que passar ou enfrentar este tipo de situação. Quanto mais opções conseguir anotar, melhor! Nesta fase, vale a pena pedir a opinião de pessoas que estejam envolvidas ou não no evento (por exemplo, perguntar para sua esposa/marido, filho(a) ou colegas de trabalho como você poderia agir em uma próxima vez).

Agora, com estas opções em mãos, vem o momento mágico: descobrir exatamente qual é o “gatilho”, o “disparador” do comportamento antigo e substitui-lo pelas novas opções de reação. Para isto, identifique claramente o que você vê, ouve ou pensa para sentir-se estressado e ter aquele comportamento indesejado de explosão ou de retração. Identificou? Então, crie uma grande tela mental de cinema com esta cena acontecendo, e quando chegar no momento estressante, veja-se agindo com os novos comportamentos, escute-se dizendo o que quer dizer, e não mais o que costumava dizer de forma automática e inconsciente. Repita quantas vezes necessário for, até fazer os ajustes necessários e perceber uma sensação de conforto e prazer consigo mesmo. Fazer esta “substituição” de reações primeiro de forma visual e imaginária ajudará seu cérebro a achar mais facilmente este caminho da próxima vez que aquela situação específica acontecer na vida real!

Ao final, perceba como a maioria das situações são estressantes apenas porque damos a elas o poder de nos deixar “fora de controle”. Mas quando você quer assumir o controle e se prepara para tanto, conseguirá então deixar a vida mais leve e saudável, além de se tornar responsável e consciente por seus atos e decisões.

E você, para quais situações de seu dia-a-dia irá, a partir de agora, assumir ainda mais o controle de seu estado emocional? Deixe seu comentário!

2 pensamentos

  1. Alem de fazer nossa vida mais fácil, estar atento a esse mundo interno e saber controla-lo é um bom exemplo para as nossas crianças. Quantas vezes não respondemos a um “chilique” com outro “chilique” gritando, dando bronca, perdendo a paciência… Como você vai reagir a próxima birra do seu filho?

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